Diário do Mercado na 6ª feira, 01.09.2017
Mercado experimenta otimismo com retomada econômica doméstica
Resumo.
O PIB positivo, de +0,2% no 2T17 sobre o 1T17, trouxe bons ventos para a bolsa brasileira no primeiro pregão de setembro. O índice bursátil brasileiro avançou firme, se deslocando positivamente das leves evoluções dos índices de Nova York, que terminaram praticamente “patinando”, com o dado do payroll (criação de vagas na economia) abaixo do consenso de mercado e o final de semana prolongado, devido ao feriado nos EUA na próxima 2ª feira.
Ibovespa.
O índice brasileiro, impulsionado pelo PIB 2T17 positivo, avançou rapidamente de início e avançou até por volta de 13h30min, tendo operado a maior parte do pregão acima dos 72 mil pts, arrefecendo um pouco na hora final dos negócios.
O Ibovespa findou em 71.923 pts, acumulando +1,54% na semana, +19,42% no ano e +23,50% em 12 meses. Novamente, o índice vai seguindo em gradual rota altista e, neste momento, de um modo geral, prosperamente, alguns papéis denotam iminência de ruptura altista, enquanto outros já estão em tendência ascendente.
O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 9,867 bilhões, sendo R$ 9,465 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. A Bovespa apresentou saída de capital externo de R$ 177,354 milhões no último dia 30 de agosto, computando saldo positivo de R$ 3,220 bilhões no mês. Em 2017, acumula ingresso líquido de R$ 11,218 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o PIB do segundo trimestre do ano veio acima das expectativas. O crescimento foi de 0,2% ante o 1º trimestre do ano (+1,0% 1T17 / 4T16). As variações foram as seguintes: PIB Agrícola em 0,0%; PIB Indústria em -0,5%; e PIB Serviços em +0,6% - todos em relação ao 1T17. Já em relação ao 2º trimestre do ano passado, o crescimento foi de +0,3%. No acumulado nos 4 últimos trimestres em comparação com os 4 trimestres anteriores, a oscilação foi de -1,4%.
Em suma, o avanço no segundo semestre, mesmo menor do que o do primeiro trimestre, além de ter vindo acima do esperado pelo mercado, foi uma sinalização clara de que a retomada econômica do brasil já está em curso, mesmo que de forma gradual.
Nos EUA, o payroll (criação de vagas na economia) veio aquém das expectativas, cujo consenso era de 180 mil. Em agosto foram gerados 156 mil postos de trabalho, ante 189 mil em julho (dado revisto para baixo, de 209 mil). A taxa de desemprego subiu ligeiramente, para 4,4% em agosto, de 4,3% em julho, mas, a economia norte-americana permanece no pleno emprego.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial interbancário encerrou com queda de -0,24% a R$ 3,1428. Durante toda a sessão, a moeda esteve abaixo do fechamento de ontem, não obstante, na semana, a moeda apresenta variação de +0,41%.
Risco País. O Risco Brasil medido pelo CDS brasileiro de 5 anos caiu novamente, atingindo um valor importante na análise gráfica, 192 pontos, ante 196 da véspera. Este suporte foi atingindo pela última vez em janeiro de 2015.
Juros.
As taxas de juros, no segmento curto, tiveram mais um dia de queda com a expectativa crescente de corte de 100 pontos base na próxima reunião do COPOM.
Já nos segmentos médio e longo, por conta da elevação dos yields dos Treasures norte-americanos e o feriado vindouro no EUA, verificou leve movimentação altista.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 01.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e
JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimento
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